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Inovação

7 exemplos de inovação na educação para inspirar seu trabalho em sala de aula

Construir um aprendizado significativo no ambiente escolar depende da busca constante pela inovação na educação. Inspire-se com a história de escolas brasileiras.

Inovação

Tempo de leitura: 7 min
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Você sente que os métodos que usa em sala já não são tão eficientes?

Buscar novas formas de promover o aprendizado entre crianças e adolescentes é um desafio constante na vida de todo professor. É neste contexto que exemplos e estudos sobre a inovação na educação oferecem inspiração para mudar – e assim acompanhar a transformação que está em curso.

A seguir, você encontrará as principais conclusões sobre inovação na educação do relatório "Measuring Innovation in Education", da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A entidade avaliou o sistema educacional de 69 países, incluindo o Brasil, para chegar aos resultados.

Além de um resumo dos insights do relatório, você irá ver:

  1. O que significa inovação na educação
    1.1 O que impulsiona a inovação na educação
  2. As principais inovações na educação da última década
  3. 7 exemplos de inovação na educação em escolas brasileiras
    3.1 NAED Noroeste – Espaço Concórdia
    3.2 Escola Classe Comunidade de Aprendizagem do Paranoá (CAP)
    3.3 Centro Educacional Agrourbano Ipê
    3.4 Escola Família Agrícola de Orizona (EFAORI)
    3.5 Sistema Municipal de Ensino de Soledade
    3.6 Escola Nossa Senhora do Carmo
    3.7 Escola Municipal Professor Waldir Garcia
  4. Como começar a inovar na educação

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O que significa inovação na educação

A expressão “inovação na educação” se refere a um novo ou melhorado produto ou processo, que difere significativamente do que foi feito anteriormente, e que já está disponível para usuários em potencial, segundo a OCDE. Os termos "produto" e "processo" dão um tom mercadológico à definição, mas quando se trata de educação eles abordam aspectos relacionados a práticas pedagógicas, metodologias e gestão escolar.

Do ponto de vista do produto, a inovação na educação se materializa em livros didáticos, recursos educacionais, experiências de e-learning e novos conteúdos. Já do ponto de vista do processo, ela se dá no trabalho em conjunto realizado por professores, métodos de ensino e novas formas de comunicação com estudantes, pais e comunidade.

A inovação na educação pode acontecer dentro de escolas, universidades, organizações sociais, governos, editoras e outros espaços que promovem processos de ensino e aprendizagem.

O que impulsiona a inovação na educação?

A inovação na educação depende de 6 pilares, que devem ser monitorados por governos e pela sociedade para garantir melhorias significativas no processo de ensino e aprendizagem, segundo a OCDE:

  1. Recursos humanos: um ecossistema de inovação na educação depende das habilidades de professores, gestores e demais representantes do meio educacional;
  2. Organizações educacionais: a inovação está diretamente ligada à forma como o trabalho é organizado e à capacidade de escolas e profissionais absorverem e criarem novas práticas e conhecimentos;
  3. Novas tecnologias: a transformação digital também deve ser aceita no meio escolar. O uso do Big Data promete uma grande inovação na educação.
  4. Regulação e sistemas de ensino: novas ideias devem ser implementadas nos currículos e na organização escolar. Para isso, é necessário que os atores envolvidos tenham espírito empreendedor e recebam financiamento da iniciativa privada e de governos;
  5. Pesquisa: a inovação na educação também depende de investimentos em pesquisa científica;
  6. Desenvolvimento educacional: assim como em outros segmentos, o meio educacional deve investir no desenvolvimento de ferramentas e processos que tragam melhorias para a vida de estudantes e professores.

As principais inovações na educação da última década

O levantamento da OCDE se concentrou em mudanças no ensino de matemática, ciências, leitura e escrita. As principais inovações na educação na última década são:

Aquisição independente de conhecimento

A inovação na educação neste quesito é representada pelo uso de computadores em sala para pesquisas de ideias e informações. Nas aulas de ciências e leitura, a prática é adotada por até 30% dos estudantes na maioria dos países pesquisados. É nas aulas de matemática que o aumento foi mais expressivo: passou de 3% para 31% entre as crianças que estão no Ensino Fundamental, e de 5% para 23% no Ensino Médio.

Lição de casa

Sim, a clássica lição de casa também trouxe inovação na educação. O que mudou não foi a frequência dos deveres, mas a iniciativa de professores discutirem a lição em sala de aula, em especial com os adolescentes. A prática aumentou de 22% para 58% nas aulas de matemática, enquanto nas de ciências passou de 25% para 55% entre 2007 e 2015.

Aprendizagem mecânica aliada a metodologias ativas

A memorização não era algo do passado? Não é bem assim. Se for trabalhada ao lado do aprendizado ativo, ela também pode gerar inovação na educação. Decorar regras, procedimentos e fatos é comum nas aulas de matemática e de ciências. No entanto, tudo isso é aplicado em experimentos feitos pelos próprios estudantes, que precisam explicar suas ideias e conclusões para a turma. O número de crianças que tiveram que planejar ou executar um experimento em pelo menos metade das aulas de ciências aumentou de 19% para 37% no Ensino Fundamental. Entre os adolescentes, a porcentagem passou de 19% para 31%.

Formação dos professores

O que mudou na formação dos professores foi o aumento do aprendizado entre pares, em vez de realizar apenas o treinamento formal. Ou seja, cada vez mais os professores têm trocado ideias, experiências e conhecimento entre si como parte do processo de desenvolvimento profissional.

Em média, o número de professores que discutem entre si como ensinar um tópico específico de matemática ou ciências aumentou em 21%. A colaboração no planejamento das aulas também se tornou prevalente, aumentando de 40% a 56% em matemática e de 37% para 55% em ciências.

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7 exemplos de inovação na educação em escolas brasileiras

Não é necessário ter computadores de última geração e lousas interativas para inovar nas escolas. Os 7 exemplos que você verá a seguir mostram que a iniciativa de educadores e da comunidade é o principal motor de transformação da realidade dos estudantes.

Você pode conhecer mais exemplos inspiradores de inovação na educação no site do projeto Sementes da Educação.

1. NAED Noroeste – Espaço Concórdia

Criado em 2017 na região Noroeste de Campinas, o Núcleo de Ação Educativa Descentralizada (NEAD) atende estudantes que são, na maioria, trabalhadores. Por isso a entidade promove a flexibilização da carga horária de estudo, que pode ser cumprida em parte na residência do estudante ou em outros períodos do dia.

O NEAD também trabalha com a docência compartilhada e com os saberes pré-existentes dos discentes. O conteúdo ministrado em aula é baseado em um tema gerador escolhido em assembleias estudantis. Ainda, a instituição transforma espaços públicos em território de aprendizagem, como praças e casas de cultura da cidade.

O NEAD é uma iniciativa de professores e supervisores locais, em parceria com a Fundação Municipal para Educação Comunitária (FUMEC) e a Secretaria Municipal de Educação de Campinas.

2. Escola Classe Comunidade de Aprendizagem do Paranoá (CAP)

A Escola Classe Comunidade de Aprendizagem do Paranoá (CAP) está nos arredores de Brasília e atende crianças de 5 a 9 anos de idade. Ela foi fundada por iniciativa de um coletivo de professoras da região, que inovaram ao trabalhar com a ideia de "comunidade de aprendizagem". Nesta perspectiva, todo o espaço da comunidade é um local de aprendizagem e todo morador é um educador em potencial, seja um adulto ou uma criança.

Outra prática inovadora adotada pela escola é a metodologia de trabalho de projetos, que dá mais autonomia aos estudantes no aprendizado dos conteúdos. O espaço físico da CAP também é diferente do convencional, amplo e sem divisões.

3. Centro Educacional Agrourbano Ipê

Também localizado na região central do Brasil, o Centro Educacional Agrourbano Ipê faz parte do programa Escolas Sustentáveis do Ministério da Educação (MEC). Os estudantes têm contato com questões relacionadas à preservação ambiental e com práticas agroecológicas, que são transmitidas pelos jovens aos pais e toda a comunidade.

A escola não possui muros e conta com um quintal repleto de tecnologias sustentáveis, com as quais os discentes realizam pesquisas e aulas práticas. Eles também mantêm uma agrofloresta dentro do território escolar, além de ajudar outras propriedades da comunidade a construírem as suas.

As práticas pedagógicas do centro educacional são reconhecidas dentro e fora do país. Ele foi um dos finalistas do Zayed Sustainability Prize, em Dubai, que premia iniciativas com maior potencial sustentável.

4. Escola Família Agrícola de Orizona (EFAORI)

A Escola Família Agrícola de Orizona (EFAORI) foi fundada em 1999 na cidade de Orizona, Goiás, caracterizada pela agricultura familiar. A instituição oferece um curso técnico em agropecuária em nível médio para a comunidade, a partir da pedagogia da alternância. Nesta metodologia, os estudantes passam parte do tempo de estudos na escola e outro período em casa, onde colocam em prática o que aprenderam em sala de aula.

Os professores do EFAORI consideram as vivências individuais e conhecimentos adquiridos pelos estudantes fora do ambiente escolar para planejar as aulas. Além disso, os discentes realizam projetos sociais no município, melhorando a qualidade de vida da comunidade.

5. Sistema Municipal de Ensino de Soledade

O Sistema Municipal de Ensino de Soledade se destaca na inovação na educação ao investir da formação continuada dos educadores e da equipe escolar de apoio. O Programa de Formação Continuada (PROFORMA), feito em parceria com a Universidade de Passo Fundo (UPF), apoia a realização de cursos de pós-graduação por parte dos professores.

Internamente, as escolas do município promovem a formação da equipe e do corpo docente. São realizados cursos para os responsáveis pela merenda, zeladoria e inspetoria.

O município de Soledade, no Rio Grande do Sul, também foi a 16ª cidade brasileira a ingressar na Associação Internacional de Cidades Educadoras.

6. Escola Nossa Senhora do Carmo

Localizada no município de Bananeiras, na Paraíba, a Escola Nossa Senhora do Carmo atende estudantes de 4 a 15 anos de idade, a maioria de comunidades rurais. Os professores trabalham com a metodologia de projetos, inspirados por situações trazidas pelas crianças. A filosofia da escola é o estudante no centro do processo de aprendizagem.

Uma iniciativa de destaque da Escola Nossa Senhora do Carmo são os comitês estudantis, formados sempre no início do ano letivo. Os grupos pensam em ações de desenvolvimento da escola e da comunidade, abordando temas como economia solidária, cultura e mediação de conflitos.

Outra inovação na educação da escola é a avaliação. Em vez de aplicar provas em determinados períodos do ano, os professores realizam diariamente uma avaliação do processo de aprendizagem. Participam do processo a família, os estudantes e o corpo educativo. A escola também tem programas de tutoria, em que os discentes compartilham o que aprenderam com tutores.

A Escola Nossa Senhora do Carmo faz parte da Rede das Escolas Transformadoras e do programa Escolas2030, além de ser reconhecida pelo MEC em Inovação e Criatividade.

7. Escola Municipal Professor Waldir Garcia

A Escola Municipal Professor Waldir Garcia foi fundada em 1983, em Manaus, e atende mais de 600 crianças e adolescentes da região. Ela adota um plano político-pedagógico que prevê a educação integral e diversificada, contemplando as individualidades dos estudantes.

A proposta pedagógica usa o modelo da mandala, em que os estudantes ocupam o centro, seguidos pelas seguintes dimensões: sujeitos, direitos de aprendizagem, estratégias, saberes do território e áreas do conhecimento.

Ainda, a Escola Municipal Professor Waldir Garcia conta com programas de tutoria, assembleia de estudantes e metodologias ativas. Na sala de aula, as carteiras foram abolidas do espaço escolar e substituídas por mesas redondas. Hoje ela é referência em qualidade de ensino em Manaus, com um índice de evasão escolar próximo de zero. Há uma fila de espera de famílias que desejam matriculara os filhos na Waldir Garcia.

Como começar a inovar na educação

Depois de ler todos esses exemplos inspiradores, você deve estar se perguntando: “Por onde eu começo?”

Não existe uma receita de como inovar na educação, entretanto, as histórias das escolas que contamos aqui oferecem algumas pistas de qual direção tomar. Podemos resumir em 3 pontos os primeiros passos que devem ser tomados para inovar na educação:

  1. Incentivar que todos os membros da comunidade escolar façam uma leitura dos problemas que cercam a instituição e identificar o que a impede de oferecer um aprendizado mais efetivo aos estudantes;
  2. Não centralizar a inovação em cargos de decisão, mas incentivar que professores, familiares, comunidade e estudantes proponham ideias;
  3. Apostar na formação continuada, como cursos de pós-graduação, onde o docente pode trocar experiências com os pares e aprender novas práticas pedagógicas.

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Sobre o autor

Olívia Baldissera

Jornalista e historiadora. Mestre em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tem mais de dez anos de experiência em produção de conteúdo.

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