Tecnologia assistiva na educação, uma grande aliada na inclusão

Postado em 27 de set de 2023
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A tecnologia assistiva é um termo utilizado para definir uma série de recursos e serviços que proporcionam acessibilidade a pessoas com deficiência (PCDs) e, portanto, uma maior inclusão.

O Plano Nacional de Educação (PNE), estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC), orienta a comunidade à inclusão de PCD’s no ambiente de ensino.  

A tecnologia assistiva na educação é uma ferramenta mais que fundamental para contribuir na inclusão social, pois ela proporciona o aprendizado por meio de diversos recursos que atendem diferentes limitações. 

A seguir, você vai entender como essas ferramentas auxiliam o trabalho de educadores, que lidam no dia a dia com estudantes com as mais diversas especificidades.

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O que pode ser considerado uma tecnologia assistiva

A tecnologia assistiva pode ser aplicada de diversas formas, desde materiais e produtos de apoio para o dia a dia até o auxílio no processo de educação e ensino.  

Na educação, é necessário introduzir a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações. Um exemplo são os teclados modificados ou alternativos, que permitem pessoas com deficiência a utilizarem um computador. 

Além do aprendizado, a tecnologia assistiva também permite uma maior acessibilidade no cotidiano, seja com carros adaptáveis, as cadeiras de rodas motorizadas ou as próteses. 

Conheça abaixo algumas áreas que podem inserir a tecnologia assistiva: 

  • Saúde: Com técnicas e pesquisas, a tecnologia pode proporcionar a saúde e o bem-estar de pessoas com deficiência. Entender suas limitações e estar com acompanhamento médico são fundamentais para uma comunicação inclusiva.
  • Engenharia: Projetos de mobilidade e acessibilidade nos espaços públicos são necessários para a locomoção de pessoas com deficiência. A rua é pública e todos têm o direito de ir e vir como quiserem.
  • Arquitetura: Proporciona ferramentas que facilitem a rotina da pessoa com deficiência nos ambientes comuns e até dentro de casa. As limitações são diversas e cada pessoa tem a sua. A arquitetura pode auxiliar tarefas diárias.
  • Psicologia: Apoio aos indivíduos com transtornos e condições diversas. Estar acompanhado e com a saúde mental trabalhada é algo fundamental para estas pessoas. Passar por dificuldades e preconceitos pode acabar com alguém, por isso fazer terapia é uma boa opção.
  • Assistência social: Proporcionando amparo aos indivíduos que não têm conhecimento sobre os direitos das pessoas com deficiência.

Reparou que todas elas são importantíssimas para garantir a inclusão de estudantes com deficiência e seus familiares no ambiente escolar e na sociedade? 

Quando falamos em tecnologia assistiva na educação, devemos lembrar que ela vai além do material didático. Todos os espaços pelos quais a criança com deficiência circula devem prever adaptações mínimas para que ela tenha independência e desenvolva sua autonomia.

🔵Leia também: Educação física inclusiva: o que é e como praticar

Exemplos de tecnologia assistiva na educação

A tecnologia assistiva também conta com diversos recursos para atender às necessidades de diferentes grupos na educação básica e no ensino superior.  

A comunicação alternativa é um exemplo de como os aparelhos eletrônicos possibilitam a interação de pessoas que possuem limitações na fala. O controle de ambiente proporciona segurança no ambiente de ensino, um direito de cada estudante. 

Outro direito são os computadores com recursos de acessibilidade e o uso de Libras e Braille em conteúdos educacionais.  

Por estar em constante evolução, a tecnologia assistiva sempre apresenta novas ferramentas para proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência no ensino.  

É essencial que todos os educadores estejam preparados para a aplicação das ferramentas na rotina de sala de aula, proporcionando a inclusão de todos os estudantes, de acordo com suas limitações. 

Lembre-se de que inclusão não significa colocar todos os estudantes com e sem deficiência em uma mesma sala. Aqui explicamos melhor o que é educação inclusiva.

É importante ressaltar que a inclusão não é um papel exclusivo dos professores. As instituições de ensino devem fornecer, além das ferramentas necessárias para a aplicação das tecnologias assistivas no dia a dia do ensino, treinamentos específicos para que professores e pedagogos possam aplicá-las adequadamente.  

🔵Leia também: Atividades inclusivas para fazer em sala de aula com seus alunos

Tecnologia assistiva na educação e comunicação alternativa

Uma forma de garantir a acessibilidade comunicativa no ambiente escolar são os recursos de comunicação alternativa oferecidos pelas instituições de ensino.  

Desta forma, é possível atender pessoas cegas e surdas. Por meio da valorização de todas as formas expressivas do sujeito, é possível construir recursos próprios desta metodologia e ampliar sua via de expressão.  

Quando ampliada, o indivíduo possui comunicação suficiente para se expressar e apresentar um trabalho digno.  

Quando insuficiente, o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação, sendo assim impossível de que ele se sinta confortável dentro e fora da escola, além de passar por dificuldades diárias. 

Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica, letras ou palavras escritas são utilizados pelo usuário para expressar suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos.  

A alta tecnologia permite também a utilização de vocalizadores ou do computador, com softwares específicos, garantindo grande eficiência na função comunicativa.  

Desta forma, o estudante com deficiência passa de uma situação delicada para um processo de desenvolvimento cada vez mais prazeroso. Todos têm o direito de receber uma educação digna e da forma que merecem. 

Apesar das campanhas de conscientização e das políticas públicas, ainda são escassos os recursos para facilitar a rotina de pessoas com deficiência em seu cotidiano.  

O debate acerca do tema se torna cada vez mais essencial para que a população se conscientize sobre a importância da diversidade e da inclusão. Até porque a inclusão não se faz apenas nas redes sociais, é preciso agir. 

Nesse contexto, surge o conceito de tecnologia assistiva na educação, criado para atender às diferentes necessidades de cada deficiência, seja ela qual for.  

Entretanto a abordagem não será a mesma para todos, já que cada uma apresenta diferentes limitações, e é por isso que é necessário ter muito cuidado e estudo.

🔵Leia também: O que é uma escola inclusiva e como construí-la na prática

Como promover uma educação inclusiva de fato

A inclusão comunicativa não se restringe à disponibilização de recursos, sejam eles de tecnologias de alto ou de baixo custo. 

Tão ou mais importante do que isso é a presença de interlocutores interessados em integrar e acolher as mensagens da pessoa. São fundamentais a aceitação e o incentivo de formas alternativas de comunicação, inclusive pelo próprio grupo social.  

É necessário pesquisa e extensão para poder se adequar a educação inclusiva de fato. O impacto de tais estudos ocorre devido à capacidade de produzir mudanças fundamentais na educação e no ambiente de trabalho de pessoas cujas limitações afetam a capacidade de expressão ou recepção das mensagens comuns. 

Existem ótimos perfis de especialistas na Internet que falam sobre comunicação assistiva e podem ajudar quem está querendo mudar o seu método de ensino para uma educação cada vez mais inclusiva. Conheça-os: 

Para se inspirar: 5 séries que abordam inclusão

A representatividade é um motivador muito importante para diversas pessoas. Isto mostra que, apesar das dificuldades, é possível enfrentar barreiras e de forma conjunta. 

A seguir, conheça 5 séries que podem inspirar você na hora de produzir um material didático inclusivo e como abordar a inclusão em sala de aula:

1. The Good Doctor

series-sobre-inclusao-the-good-doctorCréditos: Divulgação/ABC

A série conta a história de um jovem cirurgião com síndrome de savant e autismo que utiliza de seu talento e foco para tratar pessoas no hospital.  

Shaun Murphy recebeu uma educação inclusiva em sua aprendizagem e hoje consegue utilizar todo seu conhecimento para trabalhar no hospital e ser um dos profissionais mais requisitados.  

“The Good Doctor” está disponível na Globo Play.

2. Glee

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Créditos: Divulgação/Fox

Na série, o ator Kevin McHale ficou conhecido por interpretar o personagem Artie Abrams que utilizava de cadeira de rodas para se locomover. 

Na trama, a deficiência do estudante não o impediu de participar do clube de teatro da escola. Apesar das dificuldades, o espaço acadêmico apresentava grandes formas de incluir Artie para que ele pudesse ter autonomia e conforto. 

“Glee” está disponível na Netflix.

3. Atypical

series-sobre-inclusao-atypicalCréditos: Divulgação/Netflix

A série apresenta a história de Sam Gardner, adolescente de 18 anos diagnosticado com autismo que trabalha e estuda.  

Por meio da sua aprendizagem inclusiva e educação assistiva, seu amadurecimento se torna interessante de acompanhar, pois o adolescente entende da sua condição e busca pela independência. 

“Atypical” está disponível na Netflix.

4. Speechless

series-sobre-inclusao-speechlessCréditos: Divulgação/ABC

Com atores e roteirista com paralisia cerebral, a série aborda questões reais da limitação física com muito humor. A trama americana de 3 temporadas mostra a rotina de uma família que enfrenta diversos desafios com seu filho deficiente físico, lutando contra injustiças reais e imaginárias. 

Infelizmente, “Speechless” não está disponível em plataformas de streaming no Brasil até o momento.

5. Special

series-sobre-inclusao-specialCréditos: Divulgação/Netflix

A série de televisão americana conta a história de Ryan Hayes, apresentando situações do dia a dia do protagonista que tem paralisia cerebral. A trama de comédia é baseada no livro de Ryan O'Connell, o ator principal, e conta com duas temporadas. 

“Special” está disponível na Netflix.

Conclusão

As tecnologias assistivas são grandes aliadas na inclusão. Cabe às redes de ensino disponibilizarem esse tipo de material aos estudantes e oferecer treinamento para os professores conhecerem as ferramentas.

Aos educadores cabe se atualizar sobre as melhores práticas de educação inclusiva. Isso pode ser feito em cursos livres ou de pós-graduação. Existem, inclusive, especializações totalmente voltadas ao uso de tecnologias no ensino, na modalidade EAD e com aulas 100% online.

O conhecimento combinado com o trabalho em conjunto de toda a comunidade escolar é um dos caminhos para promover uma maior inclusão entre os estudantes.

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Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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