Não importa se o professor tem um, cinco, dez ou trinta anos de experiência em sala. Ele sempre terá o plano de aula como ponto de partida da sua prática pedagógica.
O documento é um guia do trabalho que será desenvolvido com os estudantes, seja no Ensino Fundamental, Médio ou Superior. Existem várias maneiras de elaborá-lo, porém algumas informações não podem ficar de fora.
Veja a seguir como montar um plano de aula de matemática eficiente e de acordo com as orientações da Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Você também conhecerá algumas metodologias ativas que podem ser incluídas no plano e, assim, potencializar o aprendizado da sua turma. Vamos lá?
O plano de aula é uma sistematização dos objetivos, conteúdos, procedimentos e avaliação que serão desenvolvidos pelos docentes e discentes em um determinado intervalo de tempo. Geralmente, ele traz uma sequência de tudo o que será desenvolvido em um dia.
A elaboração do documento deve considerar a realidade dos estudantes, a estrutura física e os recursos disponibilizados pela instituição de ensino e a experiência do educador. A frequência com que os professores devem apresentar o plano de aula depende das normas da escola e da prática docente de cada profissional.
Seja na matemática ou em outras disciplinas, o plano de aula permite que o educador esteja o mais preparado possível para problemas que possam surgir dentro e fora de sala, na modalidade presencial ou à distância. Ainda, o documento é um guia de aprendizado dos estudantes, explicitando o conhecimento e as habilidades que devem ser desenvolvidas ao terem contato com determinada temática.
É no plano de aula também que você pensará em formas de colocar o planejamento em prática.
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Podemos dizer que o plano de aula é uma pequena parte do planejamento, que pode ser dividido em 3 níveis de abrangência. Existem outras classificações, mas a listada abaixo é a mais conhecida:
O planejamento educacional apresenta objetivos de longo prazo, estabelecidos a partir das políticas públicas de educação que têm como objetivo contribuir com o desenvolvimento geral do país. Ele engloba as políticas federais, estaduais e municipais, tendo como principal exemplo o Plano Nacional de Educação (PNE).
Nos estados e municípios, o planejamento educacional adequa as políticas públicas ao contexto cultural, econômico e social da região.
O planejamento curricular é feito pela equipe pedagógica com base na realidade de cada escola, a partir das diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Conselho Estadual de Educação (CEE). Ele envolve:
A partir do planejamento curricular, o planejamento de ensino organiza as ações e os meios para se alcançar os objetivos estabelecidos nos níveis anteriores. Ele é um processo contínuo de reflexão, previsão e decisão sobre o trabalho pedagógico que tem como objetivo orientar a prática docente.
É neste nível que o Projeto Político-pedagógico (PPP) de cada escola e o plano de aula de cada professor são desenvolvidos. Além do plano de aula, o docente pode organizar outros dois tipos de planos:
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define um conjunto de aprendizagens essenciais que todos os estudantes brasileiros devem desenvolver ao longo da Educação Básica. Ela considera a matemática como área do conhecimento e disciplina. Ou seja, além de dominar conceitos, fórmulas e cálculos, o estudante deve adquirir habilidades e competências relacionadas ao pensamento matemático ao longo da trajetória escolar.
A BNCC estabelece que, já na Educação Infantil, a criança deve iniciar o letramento matemático. O termo se refere às competências de raciocinar, representar, comunicar e argumentar matematicamente, de forma a solucionar problemas em diferentes contextos e ainda relacionar o conhecimento matemático com a vida fora da sala de aula.
Para atender as orientações da BNCC, o seu plano de aula de matemática deve focar no desenvolvimento de projetos, resolução de problemas e investigação. Assim os estudantes poderão desenvolver habilidades como raciocínio lógico, comunicação e senso crítico.
Sobre os conteúdos específicos da matemática, a BNCC os dividiu em cinco unidades temáticas:
O documento orienta que a álgebra deve ser ensinada já no primeiro ano do Ensino Fundamental. No sétimo ano, as crianças devem aprender sobre plano cartesiano e geometria das transformações.
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Ao pesquisar no Google, YouTube ou redes sociais, percebemos que o que não faltam são modelos e dicas de metodologias. Nosso objetivo aqui é mostrar o que não pode faltar no seu plano de aula de matemática quando você decidir montar um próprio.
Se ainda assim você sente que precisa aprimorar sua prática docente, é a hora de buscar conhecimento especializado. Você pode fazer isso por meio de uma segunda licenciatura em matemática, cursos livres ou especializações. Também existem cursos de pós-graduação em educação voltados ao ensino de matemática e ciências.
Antes de começar a montar o seu plano de aula de matemática, você precisa conhecer as competências e habilidades exigidas pela BNCC para a educação básica. As competências específicas de matemática que os estudantes do Ensino Fundamental precisam desenvolver são:
No Ensino Médio, as competências de matemática previstas na BNCC são:
A BNCC lista uma série de códigos que correspondem a habilidades específicas que o estudante deve desenvolver ao ter contato com um determinado objeto do conhecimento. É importante ter o PDF da BNCC em mãos para consultar os códigos existentes, pois eles deverão estar no seu plano de aula de matemática. Você pode acessá-lo aqui.
Vamos usar o código alfanumérico abaixo como exemplo:
EF01MA01
A sequência se refere aos objetos de conhecimento: contagem de rotina, contagem ascendente e descendente e reconhecimento de números no contexto diário. Cada uma das letras indica as seguintes informações:
Você não precisa decorar todos os códigos de habilidades específicas da BNCC, mas é importante entender como eles são estruturados para fazer consultas ao documento.
Agora que você já sabe qual a abordagem da BNCC, hora de ver os tópicos que não podem faltar no seu plano de aula de matemática:
Como se trata de um plano de aula de matemática, é fácil fazer esta indicação. A área é a da matemática.
Esta aqui também é simples. O componente curricular em questão é matemática.
Você deve incluir uma ou mais das competências específicas listadas acima no seu plano de aula de matemática. Lembrando que elas variam de acordo com o nível educacional.
Aqui você deve recorrer ao BNCC e consultar os códigos alfanuméricos de cada uma das habilidades.
Como escrevemos no começo do texto, não existe um único jeito certo de montar um plano de aula de matemática. Depois de seguir as orientações da BNCC, sinta-se à vontade para seguir outros modelos. Mas não se esqueça de incluir:
Esperamos que este artigo sobre como montar um plano de aula de matemática tenha ajudado na sua prática docente. Se você quiser conhecer mais métodos de ensino, acompanhe os guias do Blog do EAD:
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