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Ensino e aprendizagem

O que é neurodidática e como ela contribui para o processo de aprendizagem

A neurodidática explica a relação entre os estímulos cerebrais e o aprendizado das crianças. Saiba como usar as descobertas da neurociência em sala.

Ensino e aprendizagem

Tempo de leitura: 5 min
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Atualmente, em um mundo marcado por hiperestímulos, os desafios dos educadores frente ao universo educacional são ainda maiores.

Entretanto, a ciência tem se aliado à educação para inovar cada vez mais nesse processo, com a criação de metodologias de ensino baseadas no funcionamento cerebral, que compõem a chamada neurodidática.

Em resumo, trata-se de integrar a curiosidade, a atenção e as emoções do aluno no processo de aprendizado.

Saiba mais a seguir:

  1. O que é neurodidática
  2. As contribuições da neurodidática para o processo de ensino e aprendizagem
  3. Atividades comprovadas pela neurociência para fazer em sala de aula
  4. Alguns exemplos de atividades de neurodidática
  5. Seja especialista em neurociência e educação!

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O que é neurodidática

O objetivo principal da neurodidática (também chamada de neuroeducação), além de aproximar o estudo da neurociência à educação, é explicar como acontecem os estímulos cerebrais no processo de aprendizagem nos períodos de desenvolvimento cognitivo das crianças até os sete anos de idade.

A neurociência define estratégias com base na forma como o cérebro aprende e o que estimula seu desenvolvimento no âmbito escolar.

Essa disciplina tem como objetivo tirar o máximo proveito do funcionamento cerebral no momento em que novos conhecimentos são adquiridos.

A emoção, a curiosidade e a atenção serão as bases do processo, por meio de salas de aula inclusivas. Também envolve a ludificação – que vem do inglês “gamification” –, que consiste no uso de jogos na sala de aula.

Com isso, ganha força a ideia de uma maneira de aprendizado construída de uma forma mais personalizada, assim como a noção de que cada pessoa aprende de uma maneira diferente.

Isso acontece porque, em geral, os estímulos externos também variam de pessoa para pessoa, uma vez que cada indivíduo reage de um jeito próprio e tem um ritmo único. Com isso, as diferentes mentes em uma sala de aula, por exemplo, podem se fazer perceber.

As contribuições da neurodidática para o processo de ensino e aprendizagem

É preciso compreender que o cérebro está sempre em transformação, portanto, ele reage de acordo com a estimulação à qual está sendo exposto, gerando assim novas conexões neurais.

Então, utilizar os métodos da neuroeducação com os processos de psicologia geram resultados ainda mais eficientes, como:

  • Melhor mapa para identificar as necessidades individuais de cada pessoa;
  • Criação de formas de ensino mais estimulantes e que concluam seu propósito de gerar um aprendizado eficiente;
  • Maior assimilação de informações fornecidas;
  • Empatia pelo processo cognitivo de cada indivíduo, em sua particularidade.

Além disso, o uso de conhecimentos referentes aos processos cerebrais e o seu funcionamento é muito importante. O cérebro, por exemplo, se modifica enquanto sofre um processo de aprendizado, fenômeno chamado de neuroplasticidade.

De forma mais técnica, é fato de que o sistema nervoso faz a criação de conexões de acordo com as experiências individualmente obtidas. Portanto, buscar entender e conseguir interpretar as características pessoais de um estudante é importante para estimulá-lo a ter mais interesse e autonomia na atividade proposta.

Confira outras vantagens da neurodidática no processo de aprendizagem:

  • Aumento da memória: ao serem estimulados desde pequenas, as crianças criarão uma capacidade de memorização e de armazenamento de informações maior do que as não estimuladas.
  • Maior capacidade de aprendizado: crianças estimuladas da maneira correta terão mais facilidade em assimilar novas informações, por isso a capacidade de aprendizagem é melhorada.
  • Despertar a vontade de aprender: quando a criança é estimulada nas fases iniciais, a probabilidade dela se tornar uma pessoa curiosa se torna maior. Essa curiosidade se aplica nos estudos, pois o cérebro passará a proporcionar uma sensação de prazer por meio da aprendizagem.
  • Aumento na capacidade de intepretação: outra vantagem trazida pela neurodidática é proporcionar às crianças um maior desempenho em relação a interpretação de situações, objetos ou lugares. Devido a uma herança primitiva, existe uma facilidade maior na infância em aprender as diferenças e conseguir interpretar gravuras, imagens e símbolos, por isso a compreensão deles para as expressões artísticas (música, dança, teatro, etc.) são mais fáceis de se despertar nessa idade.
  • Pensamento crítico e noção de certo e errado: ao trabalharem todas essas áreas citadas da neuroeducação, a criança aprenderá e assimilará mais rápido as noções de certo e errado, assim como o desenvolvimento cognitivo ligado ao pensamento crítico será extremamente estimulado durante esse processo. Portanto, os pequenos conseguirão desenvolver um pensamento mais complexo acerca das informações adquiridas.

Modelo do cérebro humano. Créditos: Robina Weermeijer/Unsplash.Robina Weermeijer/Unsplash

Atividades comprovadas pela neurociência para fazer em sala de aula

A capacidade adaptativa do cérebro, definida como plasticidade cerebral, é um fator de grande relevância para a neurodidática. Além disso, sabe-se que, por meio da estimulação adequada, o cérebro pode criar, de forma permanente, novos neurônios e conexões entre eles.

Dentro deste entendimento, as atividades que podem ser desenvolvidas em sala de aula são:

  • Atividades em interação com outras pessoas, pois elas favorecem o aprendizado;
  • Aulas experimentais, aplicadas de forma livre e natural, que incentivam o desenvolvimento e o aprimoramento de competências.

A maior constatação desse campo de estudo é que efetivamente aprendemos quando conseguimos nos envolver com o que está sendo ensinado, por meio de experimentações e atividades manuais.

É por meio da neurodidática que o professor consegue desenvolver e aplicar novas metodologias que podem ajudar na otimização da aprendizagem dentro da sala de aula.

Além disso, os neurônios-espelho são vitais para as estratégias neuroeducacionais, sendo estimulados pelas emoções, o que configura a eles uma importância central na aprendizagem da linguagem e da empatia. Essas células são ativadas quando vemos alguém fazendo algo ou quando nós mesmos a fazemos.

Alguns exemplos de atividades de neurodidática

Há alguns anos, a distribuição da grade curricular nas escolas era focada nas inteligências lógico-matemática e linguística, características que eram cobradas em testes de coeficiente de Inteligência para categorizar o nível de inteligência dos indivíduos.

Esse fato sempre reforçou a importância de disciplinas como a matemática e o português, que sempre detiveram maior carga horária nas escolas.

Posteriormente, o psicólogo Howard Gardner desenvolveu nos anos 1990 a Teoria das Inteligências Múltiplas, defendendo que a inteligência deveria ser abordada por vários aspectos e que os indivíduos possuíam diferentes tipos de mentes, assim, apresentando diferentes inteligências:

  1. Artística
  2. Musical
  3. Espacial
  4. Corporal-cinestésica
  5. Interpessoal
  6. Intrapessoal
  7. Existencial
  8. Naturalista

Neste sentido, uma série de estudos comprovam que a ampliação do repertório motor e a estimulação física e mental, assim como a criação de situações problemas, são indispensáveis para um aprendizado saudável e eficaz.

Isso já tem sido explorado em algumas escolas, como é o caso da Escola da Ponte, em Portugal, fundada por um dos professores da Pós Educação Unisinos, José Pacheco.

Fachada da Escola da Ponte, em Portugal. Créditos: Divulgação.Divulgação

Creative Commons - CC BY 3.0 - Alunos em atividade na Escola da Ponte, em Portugal (Fonte: Divulgação)Creative Commons - CC BY 3.0 - Divulgação.

Outra atividade que tem sido inspirada nos estudos da neurodidática e sendo aplicada com êxito são os exergames, jogos que utilizam os movimentos corporais como forma de interação com ambientes virtuais, ferramentas tecnológicas utilizadas para a promoção da atividade física.

A prática traz tanto benefícios físicos quanto ganhos cognitivos. Na parte física, são observados a melhora do condicionamento físico, aumento da força muscular, aumento do gasto energético, controle da pressão arterial e da frequência cardíaca.

Na parte cognitiva, é notável a diminuição do tempo de reação, a melhora na capacidade de abstração, devido à interação com o ambiente virtual e a melhora da motricidade fina e global, já que o acionamento dos comandos é dado por intermédio da movimentação dos segmentos corporais. Observa-se ainda a melhora das funções cognitivas, como no caso de resolução de problemas.

Seja especialista em neurociência e educação!

A Pós Educação Unisinos oferece o curso Neurociência e Aprendizagem no Contexto Escolar, que apresenta a professores, gestores e demais profissionais da educação as últimas descobertas da neurociência aplicadas em sala de aula.

O corpo docente é formado por renomados neurocientistas, como Ramon Cosenza e Vitor Haase, além de diversos especialistas em educação e inovação.

Os professores da Pós Educação Unisinos Ramon Cosenza e Vitor Haase

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Conclusão

Neste texto, você aprendeu mais sobre o conceito de neurodidática e compreendeu melhor como a ciência, aliada à educação, pode contribuir para um aprendizado mais livre e natural, conectado com as emoções e interações de cada pessoa.

A partir de uma abordagem mais experimental, os estudantes poderão desenvolver suas habilidades de uma forma mais saudável e feliz, além de aprimorar cada vez mais as capacidades cognitivas.

Uma das maneiras de conhecer melhor sobre neurodidática na prática é realizando o curso Neurociência e Aprendizagem no Contexto Escolar, da Pós Educação Unisinos, que conta com as últimas novidades em termos de neurociência aplicadas à educação.

Gostou deste conteúdo? Então continue acompanhando o Blog da Pós Educação Unisinos para mais dicas sobre neurociência e educação.

Sobre o autor

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