Mapa mental na matemática: como usar a técnica em sala de aula

Postado em 23 de set de 2023
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Você sabia que os mapas mentais na matemática podem ser um recurso potente no aprendizado de fórmulas e equações?  

A matemática é um conteúdo que sempre intimidou os alunos, por sua lógica exata e fórmulas complexas. No entanto, o uso da tecnologia tem trazido novas abordagens de aprendizado, como o uso de mapas mentais, que ajudam a fixar o conteúdo. 

Neste texto, você vai aprender mais sobre eles e sobre o uso de aplicativos e softwares que auxiliam na construção destes diagramas – e até mesmo facilitam o compartilhamento deste conteúdo com estudantes e professores! 

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O que são mapas mentais

O mapeamento mental é uma técnica de anotação criada pelo psicólogo inglês Tony Buzan durante os anos 1960. Ele desenvolveu esse método ao buscar uma maneira simples e concisa de estudar um assunto, que conectasse as suas informações e, consequentemente, facilitasse a memorização.

O psicólogo Tony Buzan desenvolveu a metodologia dos mapas mentais na década de 1960. Créditos: Wikimedia Commons.O psicólogo Tony Buzan, em foto de 2007. Créditos: Wikimedia Commons.

A partir dos seus estudos sobre psicologia, neuropsicologia, neurolinguística, semântica, teoria da informação, memória e pensamento criativo, Buzan desenvolveu uma abordagem que ajuda a estruturar os pensamentos de forma visual.  

Segundo Buzan, o mapa auxilia no aprendizado por ser feito de acordo com o funcionamento do cérebro, fortalecendo as sinapses neurais, que captam e guardam com mais facilidade informações sistematizadas em desenhos simples e palavras-chave que sintetizam um conteúdo. 

A criação de um mapa mental é baseada na ideia de produzir um resumo visual de um conteúdo específico, elencando as informações mais importantes com o uso de palavras-chave, pequenos desenhos e ícones. 

As anotações são ligadas entre si com traços e setas, elementos que direcionam o olhar e que também ajudam na construção do raciocínio. Dessa forma, a técnica ajuda a criar uma ordem lógica para o encadeamento de informações e permite a visualização de um tema de maneira sistemática. 

Mapa mental que ilustra as regras de um jogo de tênis. Créditos: Wikimedia Commons.Exemplo de mapa mental sobre as regras de um jogo de tênis. Créditos: Wikimedia Commons.

Benefícios de mapas mentais de matemática para os estudantes

Ao contrário do que muitos pensam, a matemática não é uma disciplina linear. Assim como o cérebro, a compreensão da matemática exige uma capacidade cognitiva que organize uma série de informações e que estabeleça conexões.  

Assim, o uso de mapas mentais como ferramentas de aprendizado é uma estratégia inovadora no ensino da matemática, pois é uma maneira mais acessível de organizar informações e resolver problemas. 

Diferente de um texto, que segue uma linha reta de raciocínio, o mapa começa a partir de um centro, fazendo associações que podem ser representadas por cores diferentes, círculos e setas, permitindo que os estudantes sejam ativos na produção de seu próprio conhecimento.  

O uso de mapas mentais facilita o entendimento de informações complexas, fazendo com que os estudantes possam criar ou conectar ideias, ganhando mais autonomia no processo de aprendizagem.  

Um exemplo de bom uso dos mapas mentais em matemática está no site da Fundação Telefônica Vivo, no relato da professora da rede municipal de Belo Horizonte Liliane Rezende. Ela contou que é entusiasta das metodologias ativas de aprendizagem, a partir de uma formação que realizou nessa área, e que teve a oportunidade de aplicá-las em todas as etapas do desenvolvimento, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior.  

A professora acredita na importância de compreender o ritmo de aprendizagem de cada estudante, e do uso dos mapas mentais para tornar o ensino mais atrativo e significativo. Segundo a docente, a busca de atividades que valorizem mais as associações do que os acertos pode facilitar o trabalho do educador na identificação das peculiaridades e necessidades de cada turma. 

 

Ferramentas gratuitas de mapa mental para usar nas aulas

Atualmente, a tecnologia facilita muito o aprendizado, ao oferecer diversos softwares e aplicativos gratuitos que permitem construir mapas mentais em matemática e em outras disciplinas. 

Alguns exemplos são:  

  • Bubbl.us: permite que você compartilhe seus mapas mentais facilmente com as pessoas ou nas redes sociais. É possível criar um mapa mental e alterá-lo em tempo real em sala de aula. 
  • Coggle: ferramenta que diretamente no navegador. Permite criar e compartilhar mapas mentais e fluxogramas. 
  • LucidChart: plataforma proprietária baseada na web que permite aos usuários colaborar no desenho, revisão e compartilhamento de gráficos e diagramas.
  • XMind: software de mapeamento mental e brainstorming, que traz elementos de gerenciamento, e que também pode ser usado para capturar ideias, esclarecer pensamentos, gerenciar informações complexas e promover a colaboração em equipe.
  • Mind Meister: aplicativo de mapeamento mental que permite que seus usuários visualizem, compartilhem e apresentem seus pensamentos.
  • Projeto Agatha: busca, por meio da tecnologia, apresentar ao público conteúdos educativos de forma simples e com qualidade. Reúne vários exemplos de mapas mentais de matemática.

Modelos de mapas mentais de matemática disponíveis no site do Projeto Agatha. Créditos: Reprodução.Modelos de mapas mentais de matemática disponíveis no site do Projeto Agatha. Créditos: Reprodução.

Como usar mapas mentais na sala de aula

O segredo por trás da eficiência dos mapas mentais na fixação dos conteúdos é o seu caráter altamente visual. Por isso, é muito importante dispor dos recursos corretos para criar uma experiência imagética capaz de dar suporte ao aprendizado. 

A estruturação do mapa é essencial para ajudar no processo de memorização a longo prazo. Elementos como cores, desenhos, símbolos e informações segmentadas fazem com que o cérebro raciocine e grave os dados com mais facilidade. 

Isso significa empregar cores e materiais que ajudem a classificar os conceitos e estabelecer hierarquia e ligações entre as diferentes informações do mapa, sempre relacionando o conteúdo base no centro, e ramificando as associações em torno dele.  

Você pode utilizar um mapa mental para qualquer atividade que envolva aprendizado, como: 

  • Fazer anotações em aulas, substituindo caderno;
  • Memorizar palestras, discursos, apresentações e seminários;
  • Diagnosticar a causa de um problema;
  • Encontrar soluções;
  • Brainstorming;
  • Planejamento de projetos;
  • Definição de metas de curto, médio e longo prazo para um objetivo;
  • Desenvolvimento criativo;
  • Organização da rotina diária;
  • Organização de tarefas, projetos e trabalhos. 

Os mapas mentais podem se tornar uma atividade divertida para revisar um conteúdo que foi abordado nas aulas. A partir desta inciativa, o professor poderá acompanhar o processo, compreender o nível de aprendizado dos alunos e quais pontos devem ser reforçados junto à turma.  

Também é possível utilizar os mapas mentais para ajudar os estudantes a revisar um tema mais denso que será cobrado nas provas ou nos vestibulares. Nesse caso, cada estudante poderá criar o seu próprio mapa mental, trocando ideias com os colegas. 

Mais uma vez, vamos falar do relato da professora Liliane Rezende para a Fundação Telefônica Vivo. Ela contou que solicitou à turma que elaborasse um modelo mental sobre qualquer tema que lhes interessasse, deixando claro que não havia uma fórmula correta para os mapas, mas, sim, espaço para melhorias. Os temas escolhidos foram variados, como futebol, videogames, bullying e homofobia.  

O próximo passo foi analisar cada mapa mental em sala de aula. Durante as apresentações, a turma foi incentivada a enxergar a experiência como uma construção coletiva. Posteriormente, a professora sugeriu que os estudantes comparassem os mapas, trocando informações e sugerindo caminhos possíveis uns para os outros.

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Conclusão

Neste texto você aprendeu mais sobre mapas mentais e como eles podem ser importantes aliados no ensino da matemática, além de saber os benefícios desta técnica para o processo de aprendizado.  

Também conheceu algumas ferramentas para colocar esse método em prática. Mas se você quiser ir além e aperfeiçoar suas práticas pedagógicas, o recomendado é buscar uma pós-graduação em educação voltada ao ensino de matemática. Para quem não é licenciado na disciplina a segunda licenciatura também é uma ótima opção.

É possível encontrar as duas opções na modalidade EAD, com aulas 100% online, o que facilita conciliar os estudos com o trabalho na escola.

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Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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