Com a internet e as novas tecnologias, a cultura digital está cada vez mais presente na vida de todas as pessoas.
As novas gerações — especialmente a Alpha, que reúne os nascidos entre 2010 e 2025 — vêm crescendo já conectadas à rede, com acesso a smartphones e mídias sociais desde os primeiros anos de vida.
Contudo, apesar de muito familiarizados com essas tecnologias, a maioria das crianças e jovens, assim como muitos adultos, ainda não sabem como utilizar essas ferramentas de forma produtiva e segura.
Afinal, essa rápida evolução digital ainda não vem sendo acompanhada pela educação, o que limita seu proveito.
Em função desse cenário, vem se mostrando cada vez mais urgente que o sistema educacional e a sociedade como um todo incorpore o conceito de Educação Digital.
Educação Digital não diz respeito apenas ao manuseio de dispositivos e ferramentas virtuais. Ela envolve inúmeras habilidades e conhecimentos que são indispensáveis para a formação intelectual e cidadã das pessoas, como saber diferenciar informações e opiniões na internet, entender sobre privacidade e utilizar redes sociais de maneira segura e saudável, por exemplo.
Nesse sentido, as escolas brasileiras e os diversos espaços de socialização ainda estão muito defasados no que concerne à Educação Digital. Contudo, esse cenário pode mudar em breve.
Em agosto de 2022, foi aprovada pela Câmara dos Deputados a Política Nacional de Educação Digital. Atualmente, a proposta segue em discussão no Senado Federal, mas a expectativa é que em breve tenhamos novidades nesse debate.
Pensando nisso, neste artigo, falamos mais sobre a importância da Educação Digital e trazemos detalhes sobre a proposta que está em tramitação no Senado. Confira!
Aqui você vai ver:
O que é e a importância da Educação Digital
A situação da Educação Digital no Brasil
O que propõe a Política Nacional de Educação Digital
Aprenda a usar as novas tecnologias na educação
O que é e a importância da Educação Digital
Quando falamos em Educação Digital, muitas pessoas ainda acreditam que esse conjunto de habilidades consiste em aprender a utilizar os mais diferentes recursos tecnológicos da atualidade.
Ou seja, de acordo com essa concepção, uma pessoa bem educada digitalmente seria aquela que conhece os dispositivos tecnológicos e faz o uso deles em seu dia a dia.
Certamente, esse domínio das ferramentas digitais faz parte da Educação Digital, mas não podemos limitá-la a isso.
Afinal, Educação Digital não se trata apenas de dominar a tecnologia, mas de utilizá-la com sabedoria, aprendendo coisas úteis e relevantes, compartilhando informações verídicas e confiáveis e atentando-se para questões como privacidade e ética.
Nesse sentido, uma pessoa bem educada digitalmente é aquela que compreende que do outro lado da tela existem pessoas e situações reais, portanto, ética, bom senso e valores precisam ser preservados no universo digital.
>>> Leia também: Ideias inspiradoras para cumprir o ODS 4: educação de qualidade
Com o aumento da disseminação de fake news, por exemplo, a Educação Digital é uma das estratégias mais urgentes. É essencial ensinar as pessoas a consultar diversas fontes para avaliar se um conteúdo é confiável ou não.
Além disso, segurança e conscientização no uso da internet e das redes sociais também devem entrar para o debate.
Outro importante viés em que a Educação Digital deve atuar se refere aos riscos relacionados a crimes cibernéticos.
Crianças e jovens, principalmente, estão expostos a diversos perigos no digital, sendo essencial que eles estejam preparados para identificá-los e combatê-los. Episódios de preconceitos, invasão da privacidade, pornografia infantil, intolerância e cyberbulling são alguns dos mais comuns.
Em função de todo esse cenário, proporcionar Educação Digital para a população é de extrema importância.
O papel do sistema educacional nesse contexto é preparar os estudantes desde os primeiros anos escolares para saber como explorar esse campo da melhor e mais segura forma possível.
Isso permitirá a formação de cidadãos mais preparados e conscientes com relação à tecnologia e suas ferramentas.
>>> Leia também: Educação 5.0: tecnologia e humanização em prol dos estudantes
A situação da Educação Digital no Brasil
Você sabia que o Brasil está na 42ª posição do ranking global de Educação Digital? É o que indica o estudo Índice de Educação em Risco Cibernético, produzido pela consultoria Oliver Wyman. Ao todo, participaram do levantamento 50 países.
Essas nações foram avaliadas com base no nível de conhecimento atual de suas populações sobre risco cibernético e a relevância das iniciativas para promover educação e treinamento sobre esse tipo de risco no futuro.
O relatório analisou cinco critérios:
- motivação da população em geral em termos de boas práticas de segurança cibernética;
- políticas públicas para melhorar o conhecimento em riscos cibernéticos;
- como os sistemas educacionais abordam o tema;
- estratégias das empresas para melhorar as habilidades em riscos cibernéticos de seus funcionários;
- e a inclusão digital da população, principalmente os mais vulneráveis a esses riscos como os idosos.
Com base nessa pesquisa, vemos que a Educação Digital ainda está distante de ser uma realidade na formação da maioria dos brasileiros.
Esse cenário demonstra a urgência de que novas políticas educacionais sejam pensadas para acompanhar a transformação digital que acontece no Brasil e no mundo.
A seguir, apresentamos uma proposta que está em tramitação no Senado e pode mudar esse cenário. Confira!
>>> Leia também: Competências digitais que professores precisam desenvolver
O que propõe a Política Nacional de Educação Digital
Em agosto de 2022, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a criação da Política Nacional de Educação Digital.
A proposta, que segue para o Senado Federal, traz ações para ampliar o acesso à tecnologia a partir das seguintes frentes: inclusão digital, educação digital, capacitação, especialização digital e pesquisa digital.
Confira os eixos estruturais da Política Nacional de Educação Digital e o que propõem cada um deles:
Inclusão digital da população brasileira
- Ampliação e facilidade do acesso da população;
- Promoção de ferramentas online;
- Treinamentos de competências;
- Universalização da conectividade nas escolas.
Educação Digital para professores e alunos
- Formação de professores;
- Práticas de educação em ambiente digitais;
- Promoção de tecnologias digitais;
- Incentivo à inovação pedagógica no ensino.
Capacitação e especialização digital dos trabalhadores
- Identificação das necessidades do mercado;
- Promoção de qualificação em tecnologia;
- Rede nacional de cursos profissionais e superior;
- Requalificação profissional de trabalhadores.
Pesquisa digital para inovação e novos conhecimentos
- Programa nacional de incentivo à Pesquisa & Desenvolvimento;
- Parcerias entre o Brasil e centros internacionais;
- Qualificação avançada de pesquisadores;
- Incentivo à Ciência Aberta.
>>> Leia também: Letramento Informacional: ensinando crianças e adolescentes na era da informação
Aprenda a usar as novas tecnologias na educação
Agora que você entende a importância da Educação Digital e conhece a principal proposta relacionada à temática, você pode estar se perguntando: como eu, educador ou educadora, posso hoje me preparar para esse contexto de transformação digital? Como usar as novas tecnologias a meu favor em sala de aula?
Uma das formas de se atualizar é cursando uma pós-graduação, e aqui na Pós Educação Unisinos temos a formação ideal: a especialização em Docência Inovadora: Educação para o XXI.
Neste curso, você vai compreender como criar práticas pedagógicas disruptivas em diferentes contextos e promover o engajamento em sala de aula.
Essa pós-graduação é dividida em 4 eixos temáticos, todos compostos por três disciplinas e um projeto integrador. O aluno receberá um certificado intermediário na conclusão de cada eixo. Conheça todas as disciplinas do curso:
Eixo: Inovação e tendências educacionais
- Inovação na educação;
- Tecnologias educacionais nos processos de ensino e de aprendizagem;
- Abordagens participativas;
- Projeto integrador: reflexões sobre inovação na educação.
Eixo: Aprender na escola contemporânea
- Docência, diferença e equidade: saberes e práticas para uma educação transformadora;
- Curadoria e criação pedagógica;
- Cibricidade como espaço de educação OnLIFE;
- Projeto integrador: práticas pedagógicas e criação na escola contemporânea.
Eixo: Metodologias ativas e cocriação
- Metodologias ativas;
- A sala de aula invertida: produzindo aprendizagem;
- Comunicação não violenta como condição fundante para a aprendizagem;
- Projeto integrador: novos olhares e reinvenções da aula.
Eixo: Educação, hibridismo e multimodalidade
- Educação híbrida e multimodal;
- Metodologias inventivas e práticas pedagógicas simpoiéticas;
- Game thinking em projetos de aprendizagem;
- Projeto integrador: metodologias e interfaces inovadoras.
Essa pós-graduação é 100% online, oferecendo toda flexibilidade e qualificação que você necessita. Confira mais informações aqui!